Campagnolo apresenta projeto "Infância Protegida"

Matéria impede uso de recursos públicos em eventos que sexualizem crianças em SC com previsão de multa

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Preservar e defender a infância da criança catarinense, esse foi o objetivo do novo Projeto de Lei apresentado pela deputada estadual Ana Campagnolo, durante sessão ordinária da última quarta-feira (19/05).

"O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que 'a lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da adolescência'. Diante desses fatos, estamos trazendo um projeto para a casa que já conta com o apoio de 10 deputados do bloco PSL/PL. Se trata do Projeto apelidado de Infância protegida, que conta com apenas seis artigos e tem como foco a proibição ou utilização de verba pública em eventos que promovam de forma direta ou indireta a sexualização das crianças", explicou Campagnolo.

Para embasar a criação do projeto, Ana citou o sexólogo norte americano Alfred Kinsey, considerado o pai da revolução sexual. O comportamento sexual do homem (1948), livro escrito por ele, relata termos relacionados a orgasmos infantis e sexualidade de crianças. Ao se investigar o produto das pesquisas de Kinsey, descobriu-se tratar de dados relacionados a pedofilia e exploração de crianças. Um dos homens entrevistados para a pesquisa científica, havia molestado sexualmente cerca de 800 bebês, ou seja, um pedófilo.

"Falei desse caso para mostrar para vocês que discursos bonitos relacionados a igualdade, sexualidade, diversidade, podem acobertar violências e abusos contra crianças", declarou a deputada.

Ainda em seu discurso, Campagnolo citou um evento chamado "Roda Bixa", que chegou até seu conhecimento através do vereadores Adriano Klawa e Beto Cunha, além do pastor Adão Bittencourt. Organizado para o início de maio, na cidade de Itajaí, norte de Santa Catarina, o evento apresentaria um projeto com uma série de podcasts (programas) que reuniria um grupo de artistas para discutir a experiência da homossexualidade na infância.

"A homossexualidade antes de tudo, é uma conduta sexual. A pergunta que fica é: criança faz ou deveria fazer sexo? Então como eu sei se uma criança é homossexual ou não?", indagou Campagnolo.

No material divulgado, é possível ver o logo do Governo Federal como um dos patrocinadores. Segundo a ministra da mulher, da família e dos direitos humanos, Damares Alves, "recursos relacionados a lei Aldir Blanc não tem o crivo do governo federal na sua aplicabilidade. Quem faz essa avaliação são os prefeitos e governos estaduais".

O "Roda bixa" foi cancelado no último dia 14 de maio pelo prefeito de Itajaí. "O prefeito, Volnei Morastoni está de parabéns. Apesar de nossas diferenças ideológicas e partidárias, ele emitiu uma nota suspendendo o evento. Ele agiu muito rapidamente de modo que a denúncia feita na sexta (14/05) já impediu que o evento acontecesse no sábado (15/05)", declarou Ana.

O município de Itajaí abriu um procedimento administrativo para investigar os fatos. Movimentos LGBTQIs organizaram uma manifestação para protestar contra o que chamam de "censura".

"Eventos como esse já aconteceram e está na hora de regularmos. Isso não tem a ver com a opção sexual das pessoas adultas, isso não é da conta do parlamento, mas é da nossa obrigação, prezarmos pela moralidade de nossas crianças", afirmou Campagnolo.

MAIS INFORMAÇÕES

A Lei Aldir Blanc é como ficou denominada a Lei nº 14.017 de 29 de junho de 2020 elaborada pelo Congresso Nacional com a finalidade de atender ao setor cultural do Brasil, maior afetado com as medidas restritivas de isolamento social impostas em razão da pandemia de Covid-19, destinando para tal o valor de três bilhões de reais.

ATIVIDADES PARLAMENTARES

Na reunião da Comissão de Finanças, em sua relatoria, a deputada Ana Campagnolo devolveu o voto vista pela rejeição do PL 0194.4/2020, de autoria da deputada Paulinha (PDT). A matéria altera a Lei nº 6.695, de 1985, que "Autoriza a doação de área de terras à União Catarinense dos Estudantes", permitindo a utilização de parte do imóvel em que está instalada à sede da entidade para fins de locação, com recebimento de valores para garantir sua subsistência.

Na defesa de seu posicionamento, Campagnolo citou as três diligências realizadas na Comissão de Constituição e Justiça, e as respostas negativas que receberam para tal matéria.

"De acordo com a lei 5.704/1980, inexiste previsão de atividade comercial com bem doado pelo estado", declarou a parlamentar.

O relator da matéria, deputado Silvio Dreveck (PP), acompanhou o voto da deputada Ana Campagnolo e também optou pela rejeição do Projeto.

Dentre os projetos aprovados, destaca-se a ampliação de mercado consumidor de produtos artesanais em Santa Catarina.

Sobre

Ana é deputada estadual e única mulher conservadora no parlamento de Santa Catarina. Está em seu segundo mandato após ter sido reeleita em 2022 com 196.571 votos, maior votação na história do Estado. Nascida em Itajaí e graduada em História, exerceu o magistério na rede pública por quase 10 anos e hoje é mentora em grupos de estudo online como o Clube Antifeminista. Autora de 3 livros: "Feminismo - perversão e subversão", "Guia de bolso contra mentiras feministas" e "Ensino domiciliar na política e no direito".

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