Campagnolo critica lei sexista que atrasou atendimento a vítimas de abuso

A parlamentar lembrou que violência e abuso são situações que envolvem homens, mulheres, adolescentes, crianças, pares e idosos

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Durante a relatoria na Comissão de Constituição e Justiça, realizada na última terça-feira (09/11), a deputada deliberou três Projetos de Lei, todos com posição favorável pela admissibilidade. São eles: o PL 307.6/2021 de autoria da deputada Marlene Fengler (PSD), que dispõe sobre a instituição do Banco de Materiais de Construção em todo o estado de Santa Catarina; o segundo PL 289.0/2021 de autoria da deputada Paulinha (sem partido) que institui a "Campanha Dezembro Verde", dedicada a ações de conscientização contra o abandono de animais e adota outras providências; e o terceiro PL 284.5/2021 de autoria do deputado Marcius Machado (PL) que institui o Alerta de Resgate Emergencial (ARE) voltado ao resgate de crianças e aos adolescentes desaparecidos em SC.

Campagnolo aproveitou para questionar um PL que tornava obrigatório ao Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP) a utilização exclusiva de peritas mulheres no atendimento à vítimas do sexo feminino de violência ou abuso. "Entendo que todos achem um projeto meritório, mas essa ação atrasa os atendimentos no IGP e, por isso, o deputado Nilso Berlanda (PL) fez uma alteração com uma emenda para trocar a palavra 'obrigatoriedade de atendimento', por 'preferencialmente', o que já acontecia no IGP, explicou a deputada.

Apresentada pela "bancada feminina" da Alesc e aprovada pelo parlamento apesar de pareceres contrários de representantes de órgãos competentes, a legislação resultou em um verdadeiro problema na aplicação: devido ao baixo efetivo feminino, meninas e adolescentes passaram a ter seus protocolos atrasados em decorrência da exclusão de peritos homens em seu atendimento.

A parlamentar ainda criticou os critérios adotados na rejeição das emendas apresentadas para amenizar projetos do mesmo teor, que acentuam a divisão entre os sexos e em muitos casos, segundo ela, 'defendem somente mulheres e deixam de lado homens, adolescentes, idosos e pares'. "Nós temos um cenário de violência e abuso que envolvem outras pessoas e isso precisa ser reconhecido em nossos projetos e leis, por isso peço aos nobres deputados que se sensibilizem nas próximas discussões e criações de Projetos de Lei", declarou.

Sobre

Ana é deputada estadual e única mulher conservadora no parlamento de Santa Catarina. Está em seu segundo mandato após ter sido reeleita em 2022 com 196.571 votos, maior votação na história do Estado. Nascida em Itajaí e graduada em História, exerceu o magistério na rede pública por quase 10 anos e hoje é mentora em grupos de estudo online como o Clube Antifeminista. Autora de 3 livros: "Feminismo - perversão e subversão", "Guia de bolso contra mentiras feministas" e "Ensino domiciliar na política e no direito".

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