Campagnolo detona linguagem neutra: "aberração linguística"

Campagnolo usou a tribuna para mostrar casos envolvendo alunos de Santa Catarina

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Na sessão ordinária da quarta-feira (26/05) a deputada discursou sobre o uso da linguagem neutra e relembrou o seu Projeto de Lei 357.5/2020 que estabelece medidas protetivas aos direitos dos estudantes de Santa Catarina ao aprendizado de língua portuguesa.

"Na época em que protocolei esse projeto, me senti propondo uma loucura pela reação de alguns parlamentares aqui da Casa. Naquele momento eu não consegui trazer denúncias que justificassem esse projeto, mas agora eu tenho, porque chegaram até mim", afirmou.

A deputada apresentou no telão do Plenário imagens de uma prova de Biologia de um colégio da capital em que aparece a palavra “alune” ao invés de aluno. Também destacou uma publicação da UDESC, convidando para uma “roda de egresses”, ressaltando que “todes estão convidades”.

Em seu discurso, Campagnolo mostrou a ação de alguns países em relação à nova linguagem, como a França, que proibiu a linguagem de gênero neutro em escolas do país. Segundo comunicado emitido em 6 de maio pelo Ministério da Educação, a escrita inclusiva não é apenas contraproducente ao movimento que visa a combater eventuais discriminações sexistas, mas também prejudicial à prática e à inteligibilidade da língua francesa.

"Mesmo a França que é o berço do pensamento de esquerda moderno, de onde vem as ideias progressistas, socialistas, estabeleceu uma normativa para salvar seu idioma", declarou Campagnolo, que destacou também a posição da Academia Francesa sobre o dialeto, ao defini-lo como uma "aberração linguística".

Ana encerrou o discurso com o vídeo da professora Cinthia Chagas, considerada a professora de português com maior alcance midiático no Brasil. No material, Cinthia apoia o combate ao dialeto não binário.

"Esse dialeto exclui os surdos porque não faz bem a linguagem labial, exclui os cegos porque complica-se os softwares de leitura, exclui também os disléxicos, que representam uma boa fatia da nossa sociedade. Ao invés de incluir, ele exclui as pessoas", explica a professora.

Proibição da linguagem neutra

Os deputados que integram a CCJ se manifestaram favoravelmente ao PL 356/2020, de autoria do deputado Jessé Lopes (PSL), que estabelece medidas protetivas ao direito dos estudantes ao aprendizado da língua portuguesa, de acordo com a norma culta e orientações legais de ensino.

Entre as medidas visadas está a proibição do uso da chamada “linguagem neutra” na grade curricular, no material didático e nos comunicados realizados pelas instituições de ensino, públicas e privadas, e nos editais de concursos públicos.

Dentro deste projeto foram apensados os projetos 369/2020 e 357/2020, de teor similar, apresentados pelos deputados Jair Miotto (PSC) e Ana Campagnolo (PSL).

O projeto foi aprovado na forma de uma emenda substitutiva global, apresentada pela relatora, deputada Paulinha (PDT), para adequar o texto à técnica legislativa.

Sobre

Ana é deputada estadual e única mulher conservadora no parlamento de Santa Catarina. Está em seu segundo mandato após ter sido reeleita em 2022 com 196.571 votos, maior votação na história do Estado. Nascida em Itajaí e graduada em História, exerceu o magistério na rede pública por quase 10 anos e hoje é mentora em grupos de estudo online como o Clube Antifeminista. Autora de 3 livros: "Feminismo - perversão e subversão", "Guia de bolso contra mentiras feministas" e "Ensino domiciliar na política e no direito".

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