Emenda que reafirmaria "direitos iguais" é rejeitada na CCJ

Campagnolo sugeriu que homens e mulheres fossem inclusos, mas emenda substitutiva global foi rejeitada pela relatora do Projeto

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Durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), realizada na terça-feira (31/08), foi apresentada a discussão sobre o parecer do Projeto de Lei 0042.0/2019, de autoria da deputada Ada de Luca (MDB), que estabelece a promoção de ações que visem à valorização de mulheres e meninas e à prevenção e combate à violência contra as mulheres.

O PL havia recebido uma emenda substitutiva global sugerida pela deputada estadual Ana Campagnolo (líder bancada PSL), onde homens e mulheres pudessem ser contemplados. Entretanto, a relatora da matéria, deputada Paulinha (sem partido) votou favoravelmente pela matéria e rejeitou a emenda.

Campagnolo se pronunciou ao defender que todos precisam ser contemplados com o mesmo direito. "A minha emenda pretende expandir o direito de forma isonômica, como prevê a Constituição. Em uma CCJ, receber um parecer de inconstitucionalidade, acho isso extremamente estranho. Por que a reserva de vagas é somente para mulheres em situação de vulnerabilidade decorrente de violência doméstica? Na Inglaterra em mais de 40% dos casos de violência doméstica as vítimas são homens", indagou.

Em sua fala Campagnolo também incluiu o direito dos LGBTQIA+ sobre a igualdade. "A violência não é um problema de sexo, é um problema de impunidade que se estende à crianças, idosos e homossexuais", declarou. Campagnolo pediu vistas do projeto.

A deputada Paulinha também rejeitou o PL 0076.0/2019, de autoria da deputada Campagnolo, que altera a Lei nº 16.861, de 2015, que "Disciplina a admissão de pessoal por prazo determinado no âmbito do Magistério Público Estadual, para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, sob regime administrativo especial, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição da República".

A matéria inclui o exame toxicológico para professores que tenham sido admitidos em cargos públicos, de qualquer nível. "Esse exame toxicológico evidencia que não houve uso de drogas nos últimos seis meses, garantindo que o professor que vai para a sala de aula, a mesma que recebe todos os anos o programa de combate às drogas da Polícia Militar (Proerd), vai garantir que esse professor também não seja um usuário de drogas. A mesma relatora, a deputada Paulinha, ao mesmo tempo em que defende o combate à violência contra a mulher, rejeita o projeto que vai evitar situações de violência sob efeito de drogas", declarou Campagnolo.

Sobre

Ana é deputada estadual e única mulher conservadora no parlamento de Santa Catarina. Está em seu segundo mandato após ter sido reeleita em 2022 com 196.571 votos, maior votação na história do Estado. Nascida em Itajaí e graduada em História, exerceu o magistério na rede pública por quase 10 anos e hoje é mentora em grupos de estudo online como o Clube Antifeminista. Autora de 3 livros: "Feminismo - perversão e subversão", "Guia de bolso contra mentiras feministas" e "Ensino domiciliar na política e no direito".

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